Intelligence to move retail

NRF Retail's Big Show 2023,  confira as novidades do maior evento do varejo mundial

A feira, que ocorreu na cidade de Nova York entre os dias 15 e 17 de janeiro, reuniu profissionais do mundo todo e mais de 350 palestrantes para alavancar o varejo em 2023. Trouxemos a visão, também, das lojas mais incríveis das ruas de Nova York.

 

Este conteúdo é exclusivo pela visão especialista do time da ClearSale, que uniu diferentes profissionais da empresa para trazer os insights mais importantes da NRF.

QUERO FAZER UM TOUR POR NOVA YORK
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É hora de crescer.

A NRF Retail’s Big Show é a maior feira mundial voltada ao varejo, ditando tendências e compartilhando boas práticas para diversos segmentos. Em sua 113º edição, o foco do ano foi a retomada e o avanço do varejo.


Este ano, o evento contou com mais de 175 palestras e 350 palestrantes. Além disso, a feira de negócios esteve de volta com mais de 800 expositores. Segundo a própria organização, a NRF sempre se manteve presente para unir, guiar e prover ideias disruptivas para a indústria varejista.


Abaixo, você vai conferir os principais destaques da edição de 2023. Aproveite!

varejo

Varejo e James Cash

james cash

A NRF Retail’s Big Show 2023 não poderia ter começado de uma forma melhor e mais inspiradora. A primeira conversa do dia foi um bate-papo com um tom bastante motivacional de James Cash, Professor PhD, e que também teve atuação em conselhos de quinze empresas da Fortune 100, incluindo Walmart, Microsoft, Chubb, General Electric, Sprint, Scientific Atlanta e State Street Corpento. O tema deste ano, “Avanço do Varejo”, foi notável em suas mensagens, com um viés de esperança por dias ainda melhores.

O executivo, por exemplo, foi fundamental para estabelecer as bases para o aumento do salário mínimo do Walmart e desempenhou um papel importante na formação da cultura da rede de supermercados e nas estratégias de retenção de funcionários. Ele também foi o primeiro membro negro do corpo docente a receber estabilidade na Harvard Business School e o primeiro a lançar iniciativas baseadas em racismo e desigualdade racial dentro do grupo de proprietários do Boston Celtics. 

Cash é uma personalidade com frases fortes e marcantes, e logo no início do seu discurso, disse uma que o acompanha há anos, dita por sua mãe quando ele ainda era uma criança: “Se o elevador estiver quebrado, suba pela escada.” Com isso, Cash pediu às pessoas que não deixem que os percalços do cotidiano atrapalhem os seus caminhos, afinal, são eles que irão trazer melhores soluções, mais criatividade e, consequentemente, mais oportunidades.

James Cash cresceu em uma época difícil nos Estados Unidos, onde havia extrema segregação e uma busca incessante pelos direitos civis, mas que isso, apesar de difícil e inexplicável, não o tirou do foco da sua direção de tornar-se alguém que inspirasse as pessoas. Após anos, James Cash ganhou uma estátua na Universidade que estudou e, mais uma vez, Cash fez questão de comentar o quanto isso foi inspirador, pensando que ele conseguiu alta representatividade mesmo em períodos de segregação.

Ainda durante o seu discurso, foi perceptível os reforços feitos por Cash sobre as oportunidades que o varejo oferece às pessoas. E foi neste segmento que, segundo as suas palavras, conseguiu encontrar algo que faz com paixão, e indo nessa linha, emendou uma dica: busquem o que lhe entrega desejo, paixão. Quando atua-se com paixão é fascinante, pois tudo transforma-se em algo com mais probabilidade de sucesso! Não deixe ser influenciado por outros, pois as perspectivas são pontos de vista totalmente diferentes. Você tem um, pode estar certo e acreditar nisso, mas uma pessoa ao seu lado pode acreditar que é um grande erro. Siga a sua intuição.

Ao ser questionado sobre o varejo e o que se espera dele para os próximos anos, Cash disse que o novo normal é o antigo normal, e que as tendências para os próximos anos se baseiam na necessidade de fácil acesso e mais escolhas aos consumidores. O processo precisa ser fácil e dar as opções para que a compra seja um processo natural e de atendimento às necessidades, e não ao consumismo compulsivo.

Por fim, James pediu que as pessoas celebrem mais. Não deixe que a turbulência do dia a dia não o permita comemorar, pois em todos os dias há uma vitória. A visão de curto prazo e o esquecimento das pequenas conquistas vai te ajudar na caminhada da sua trajetória. Busque o longo prazo, tenha suas comemorações e faça o mundo um lugar melhor para todos!

Macys e como entender melhor o seu cliente

jeff

Uma das palestras mais esperadas na primeira manhã da NRF foi dada pelo presidente e CEO da Macy's, Jeff Gennette. A loja, que se reinventa a cada ano, mais uma vez, está mudando as percepções da indústria e ditando tendências no futuro do varejo nos EUA. Não foi a primeira vez que Jeff teve que atuar dessa forma

A Macy’s contou com investimentos significativos em novos recursos, para conseguir manter uma base sólida de saúde financeira mesmo em meio à pandemia. Com isso, teve o seu um foco renovado em estilo e moda e garantiu o compromisso com a plataforma de propósito social Mission Every One.

Durante esse período, a Macy’s teve que apostar muito em dados para conhecer ainda mais o comportamento do cliente em meio a uma fase totalmente inesperada e nova. Por meio dessas informações, foi possível entender por onde os consumidores vão mais, onde tem mais desconto e, dessa forma, mudar a cultura de forma gradativa, sem causar grandes impactos no consumidor final.

Jeff usou dois pilares para falar destas transformações da Macy’s: demand forecasting, que é entender que a demanda mudou demais e se tornou algo além do operacional, mas sim, do transformacional. Também falou sobre allocation science, que consiste em entender e achar melhor o público com o novo comportamento. 

Por último, a sua fala mencionou, de maneira forte, a questão da inclusão e diversidade. O principal desafio focado no middle management e como manter motivação e oportunidades de crescer. Eram, principalmente, nestes pontos onde ele sentia que a Macy’s desvirtuava, e precisou focar nisso para sentir os reflexos positivos na direção da transformação.

Como a dica final para ajudar a empresa, Jeff comentou sobre a importância de entender a história e os caminhos que foram traçados. Só assim os próximos passos poderão ser dados com mais assertividade.

Tendências do varejo de supermercado norte-americano para 2023

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Sajal Kohli, Líder Global de Bens de Consumo na McKinsey, e Jack Sinclair, CEO da Sprouts Farmers Market, tiveram uma conversa bastante produtiva sobre as tendências do varejo de supermercado para o ano de 2023. 

Logo no início, Sinclair trouxe alguns números bastante interessantes, entre eles, que cerca de 65% dos consumidores colocam o aumento de preço nos supermercados como uma das suas três principais preocupações. Embasado nisso, é possível falar que, desde 2008, quando houve a grande recessão americana, a população não se preocupa tanto com preços e finanças pessoais.

E isso tem uma grande motivação, segundo Jack, que é o fato de 2022 ter sido o ano com mais mudanças significativas para os mercados e para as mercearias. Com tantas novidades, adaptações e a inflação que assusta os norte-americanos, é possível sentir esse impacto na população. As lojas precisaram se reinventar para além de preços.

Não há como não falar que as mudanças no cenário dos supermercados continuarão moldadas por fatores macroeconômicos, ainda mais levando em conta os desafios latentes da cadeia de suprimentos e da inflação, citada anteriormente.

Quando entramos em uma toada de experiência do cliente, é preciso entender que as preferências dos consumidores são inconstantes. Quanto mais surgirem novos desafios, mais os varejistas de supermercados terão que adaptar suas estratégias e operações.

Sajal Kohli trouxe uma pesquisa com os temas que, na visão dele, irão moldar o varejo de supermercados em 2023. Em primeiro lugar, ficou a questão voltada a aguçar posições competitivas no mercado e trazer mais possibilidades aos consumidores. Em segundo, não se esquecer que valor não é nada sem compromisso.

Em terceiro lugar, a questão das lojas estarem cada vez mais capacitadas digitalmente para atender às necessidades dos clientes, seja de maneira física ou virtual. Em quarto, aplicar e manter práticas de sustentabilidade, pois é algo que a Geração Z preza muito - e ela que ditará as próximas tendências de compras, pois serão maioria. 

Por fim, mas não menos importante, fazer estudos minuciosos da concorrência para saber o que está sendo feito.

Preparando o futuro do varejo

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Fechando a tarde no primeiro dia de NRF, tivemos uma conversa entre Richard Dickson, CEO e presidente da Mattel e Harley Finkelstein, presidente da Shopify.

O foco foi em como manter uma marca tradicional em constante mudança e continuar sendo adorada pelo público, como é o caso da Barbie.

Os adultos estão voltando para as marcas de brinquedo pela nostalgia, procurando por novos formatos, e isso vem se tornando um grande público para a Mattel.

Finkelstein pontuou que a American Girl, que faz parte do guarda-chuva da Mattel, é uma marca completa, já que suas lojas trazem a melhor experiência, a empresa entende o cliente e é totalmente autêntica.

Um case da American Girl é o Hospital de Bonecas, onde a marca cuida com afinco na restauração dos brinquedos e entendem que aquilo é algo que significa muito para a criança que deixou ali.

Eles terminaram o papo falando sobre o futuro e o que os varejistas precisam fazer para sobreviver no que vem a seguir. Dickson acredita que o futuro é conhecer a sua marca e seu cliente a fundo.

O executivo citou que isso não é só atender as expectativas do cliente por meio do seu produto, mas em todo o seu ecossistema. Experiência é o que vai mover a sua comunidade e fidelizá-la.

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Como a revenda pode aumentar o tráfego nas lojas físicas? 

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O assunto de revenda está em alta pelo varejo de Nova York na NRF Retails Big Show. No painel durante o terceiro dia de painel, os participantes foram Lee Peterson, EVP da WD, e Seana Strawn, Head de Design de Varejo da IKEA. Eles apresentaram uma pesquisa sobre o tema.

Com o aumento da inflação e a preocupação com o meio ambiente, as pessoas passaram a comprar mais itens usados. De acordo com Lee Peterson, os varejistas precisam olhar para esse lado da revenda em suas lojas para trazer um tráfego maior para elas, só que de uma forma organizada e com boa experiência para o cliente.

A maioria das pessoas que responderam a pesquisa contaram que compram seus itens usados em brechós do exército da salvação, e que eles são totalmente desorganizados e sem experiência de compra alguma. 

“Imagine quanto uma boa loja não faturaria com esse modelo de revenda”, afirmou o EVP da WD.

Segundo a pesquisa, o mercado com mais demanda para itens usados é o de livros, seguido por eletrônicos. E todas as faixas etárias estão dispostas a comprar produtos usados. Na média, 50% de quem respondeu faria esse tipo de compra.

Seana Strawn citou que a IKEA já apostou nessa ideia e está com áreas exclusivas de produtos usados em suas lojas. Com isso, eles não só aumentam a visita à loja física, mas também conseguem realizar up sell em seus produtos já que, geralmente, a pessoa também sai com um produto novo do local.

Outras lojas que estão apostando nesse modelo são a Urban outfitters, REI, Levi’s e a Lululemon.

Concluindo, os aprendizados dessa pesquisa foram: 

-  Áreas de revenda vão aumentar o tráfego nas lojas; 
-  Essas áreas também podem aumentar o ticket médio da loja;
-  É hora de testar “grande” nesse modelo;
-  O consumidor está pedindo por isso, entre na tendência.

Top 5 tendências do consumo global para varejistas em 2023

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Em mais um painel com tendências na NRF Retail's Big Show, ouvimos Michelle Evans, Líder Global de Insights de Varejo da Euromonitor. Ela compartilhou com o público cinco tendências dos consumidores para 2023.

1. A primeira tendência é sobre automação autêntica. Os robôs têm que possuir um toque humano para chamar a atenção e se relacionar com os consumidores. 

Para 2023, 55% dos entrevistados na pesquisa da Euromonitor pretendem investir em inteligência artificial.

2. A segunda tendência é "Budgeteers" e tem relação com o momento econômico que passamos. As pessoas estão mais metódicas com o seu dinheiro e o estão guardando com medo de crises futuras.

Aqui entra a importância da economia circular, como uma alternativa mais barata de consumo.

3. A terceira tendência é a economia ecológica. Os consumidores querem produtos alinhados com sustentabilidade. Inclusive, 45% de quem respondeu a pesquisa acreditam que investir em sustentabilidade é uma prioridade estratégica para esse ano.

4. A quarta tendência é a volta da rotina. As pessoas estão saindo de casa e o varejo precisa conseguir se adaptar às novas necessidades, mostrando como os seus produtos encaixam nas rotinas dos clientes.

5. A quinta e última tendência é sobre a Geração Z, que já representa 1/4 da população mundial. 

São compradores que procuram por marcas com valores, que sejam autênticas, e confiam muito em reviews de outros consumidores.

Concluindo, as lições aprendidas dessas tendências é que estamos em um momento de consumo mais consciente, é hora de ter um mindset mais experimental e, assim, a autenticidade vai prevalecer para as marcas.

Ação climática necessária: debate sobre meio ambiente com o ator, escritor e produtor Kal Penn

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Para fechar o evento, tivemos o painel com o ator, diretor e ativista Kal Penn, mediado por Scot Case, VP de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da NRF. O foco da conversa foi o meio ambiente.

Para iniciar a conversa, Kal contou a história de como parou em um comício de Barack Obama, em 2007, por meio de um convite da atriz e diretora Olivia Wilde. O que o convenceu a ir no comício, inicialmente, foi ter o chamado Open Bar, mas, depois, ele se envolveu diretamente com o ex-presidente e a causa climática.

Penn ressaltou que a questão ambiental vai muito além do direcionamento político das pessoas, é algo que todos estamos inseridos e precisamos lutar por isso.

"Sustentabilidade é um trabalho em equipe", afirmou Scot Case.

Para fechar a conversa, o executivo da NRF entrevistou o ator sobre a segunda temporada de sua série sobre as mudanças climáticas, chamada “Getting Warmer with Kal Penn”.

Scot perguntou o que  Kal procura quando vai comprar algo em relação à sustentabilidade. O ator respondeu que procura coisas simples como de onde vem o produto e qual é o trajeto dele, por exemplo. Além disso, ele procura sempre ser consciente nas suas escolhas.

Kal Penn falou que sustentabilidade é sobre escala. 

“Às vezes, a gente pensa que uma garrafa plástica não vai fazer a diferença, mas se levarmos em conta a pegada ambiental que deixamos durante todos os anos repetindo esse mesmo modo de agir, o impacto é gigantesco”, explicou o palestrante.

O conselho que ele deixou para os varejistas que estão tentando ser mais sustentáveis é que os consumidores querem a opção sustentável. Quando dada a opção, eles vão pagar a mais e vão querer testar o produto eco friendly.

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Experiência do cliente e Paige Thomas

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No segundo Keynote do primeiro dia de NRF, Paige Thomas, da CEO da Saks, trouxe algo que parece ser uma das grandes tendências do ano para o varejo e um dos principais temas para a NRF 2023: o foco no cliente, seja para personalização, fidelização ou conhecimento por meio dos dados. 

Paige também passou por outros assuntos que são importantes, na visão dela, como tirar, cada vez mais, os pontos de fricção de uma jornada de compra para que o processo possa ser multicanal e voltado à experiência. A executiva disse que a Saks investiu cerca de US$ 200 milhões em tecnologia para que esses processos, tanto no físico quanto no digital, pudessem atrair mais o público.

No Brasil, esse assunto pode ser muito visto em atuações da ClearSale, que preza por uma jornada de mínima fricção em processos que realizam o gerenciamento de fraude, seja em compras no e-commerce ou mesmo no onboarding de clientes em bancos, solicitações de cartão e mais.

Voltando aos assuntos abordados por Paige, ela comentou que a vida está voltando ao normal: as pessoas estão indo aos escritórios, às lojas, às ruas e isso impactou o varejo de moda e luxo. Porém o mundo está enfrentando uma grande inflação que faz com que os compradores fiquem mais conservadores, principalmente no mercado de luxo, na visão da palestrante..

Para quem não está familiarizado, a Saks é uma tradicional loja de luxo da 5ª Avenida, que notou o quanto era necessário entrar no digital e e-commerce, visto que se a loja focasse somente na questão de preço, não haveria grandes diferenciações. Diante disso, desde 2021, a Saks conta com um app mobile para as suas vendas, além de ter lançado seu programa de fidelidade, que já é um case de sucesso. 

Esses projetos são voltados para valorizar a jornada do consumidor e com perspectiva que o online supere o físico - mas é inegável que um depende do outro. No app, por exemplo, é possível encontrar uma seção que funciona como um brechó de luxo, algo que foi percebido em pesquisas realizadas com as clientes, principalmente da Geração Z, que tem maior preocupação com sustentabilidade e tende a se tornar o principal público, em quantidade, em poucos anos.

A CEO da Saks também disse que é por meio da fidelização que a marca consegue entender melhor seus clientes, prever algumas tendências e até fazer compras melhores para a sua loja, que funciona como um departamento de luxo. Prazos de entrega nesse tipo de mercado são fundamentais, pois são processos que tranquilizam os clientes. Como ficou evidente, Paige disse que as respostas, sempre, estão nos clientes. Por isso, valorizar a jornada é tão importante.

Nutrindo as pessoas e o planeta

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Com mais um Keynote na sala principal, Nick é vice-presidente e líder da prática de produtos de varejo e consumo (RCP) da Deloitte LLP e Jason Buechel é CEO da Whole Foods Market.

A Whole Foods revolucionou os sistemas alimentares que, com a retomada, tornam-se essenciais para a saúde e o bem-estar da população. À medida que os supermercados continuam enfrentando os desafios da inflação, restrições da cadeia de suprimentos e mudanças climáticas, é sensato afirmar que as empresas continuam a construir sistemas alimentares sustentáveis para beneficiar as próximas gerações.

Jason Buechel falou sobre como o Whole Foods está investindo em sustentabilidade, com iniciativas em torno da agricultura regenerativa, redução do desperdício de alimentos e fornecimento responsável para construir um futuro melhor de alimentos no setor de alimentos e além.

Para que tivesse uma jornada de sucesso, com entendimento de ponta a ponta da operação, Jason contou que começou na Whole Foods entendendo a parte digital e como isso poderia ajudar a empresa nesse sentido. Atualmente, o CEO já está há mais de 7 anos na empresa.

Os clientes principais da Whole Foods se preocupam com os alimentos que são consumidos. Por isso, podem oferecer mais produtos voltados a área de sustentabilidade. Temos programas que facilitam as coisas para quem preza por todo processo de produção.

A Whole Foods quer manter as lojas físicas mais vivas do que nunca. tudo isso pensando em sustentabilidade, um de seus motes principiais. A Whole Foods quer que os clientes tornem-se embaixadores da marca. Querem ser os melhores empregadores e para isso é necessário que as pessoas entendam os valores das lojas.

Com isso, é possível resumir que a Whole Foods quer ter os melhores colaboradores para se tornar a melhor empregadora. Pensando no foco e atenção que dá aos parceiros, seguindo o propósito da Whole Foods, para entregar a melhor experiência.

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Construindo colaborações de sucesso com criadores de conteúdo

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O mercado de influência também foi assunto no primeiro dia de NRF Retail 's Big Show.

Executivos de duas grandes empresas da área de moda discutiram como atingir a geração Z e fazer o melhor uso do “User Generated Content”. No painel, estavam Jacob Hawkins, CMO da Forever 21 e Jacee Scoular, Diretora de Comunicação e Estratégia de Marca da Hollister

Ambas as marcas trabalham com todos os tamanhos de influenciadores, do Mega, que são os criadores com mais de 1 milhão de seguidores, aos Nanos, que possuem menos de 10 mil seguidores.

Jacob Hawkins apresentou a estratégia de lançamento da coleção da marca com a Barbie. O ponto mais interessante foi o lançamento da coleção no Roblox, onde o seu avatar poderia usar a mesma roupa da loja física, gerando uma junção on e off-line.

Hawkins diz que a estratégia de marketing da Forever 21 é focada na Geração Z, e que o ponto chave aqui está em conhecer seu consumidor para entender as tendências que vão atingi-los, seja a próxima roupa da moda ou até o influencer que mais está crescendo nas mais diversas plataformas.

O CMO da Forever 21 trouxe, inclusive, o exemplo da campanha que acabaram de lançar com a Barbie: “Se eles (clientes) gostam de Barbie, de Hello Kity, criamos produtos com essas marcas. Isso funciona muito bem para nós."

Jacee Scoular, da Hollister, disse que mensurar também é essencial. A Hollister já consegue entender qual tipo de influenciador usar para cada tipo de ativação de campanha, fazendo um uso efetivo desse ativo.

De acordo com a executiva, a Hollister faz uso do conteúdo criado pelo usuário, pois hoje não basta apenas pagar o influenciador e fazer com que ele poste em seus canais, é preciso ir além na parceria, fato que é muito impulsionado pelo Tik Tok. 

Estratégia de varejo para disruptivos: clima, custo de vida, covid, crypto e Web3

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O futuro é discutido a todo instante na NRF Retails Big Show.

Fechando as palestras da manhã no primeiro dia de evento, Kate Ancketill, CEO e fundadora da consultoria GDR, trouxe algumas visões do que esperar para os próximos anos.

Ela apresentou os 3 Cs que estão regendo o nosso tempo: COVID, Conflitos e Clima.

A pandemia modificou o mundo, o conflito entre Ucrânia e Rússia trouxe uma crise energética massiva na Europa e as mudanças climáticas mostram uma escassez de recursos naturais nunca antes vista.

Kate acredita que chegamos numa era do final da abundância e que agora é necessário fazer mais com menos. Porém é possível mitigar esse período. Neste cenário, a palestrante apresentou três tendências:

A primeira tendência é a descentralização da resiliência. As pessoas estão procurando formas de gerar renda e a economia compartilhada está permitindo. Ela apresentou um case da Tesco, multinacional do varejo no Reino Unido, em que produtores locais podem vender ou doar as suas produções de alimento em excesso.  

A segunda grande tendência é a nova sustentabilidade. Para essa tendência, Kate mostrou o case de um mercado 100% vegano e uma marca de roupas que vem com um QR code para ajudar a revender a peça depois.

A terceira e última tendência é abraçar a economia da dopamina. Os pontos de contato,  principalmente as lojas, criam experiências que vão muito além, gerando um senso de comunidade e a vontade de estar ali.

Nessa última tendência, a palestrante apresentou uma loja em Madri chamada Wow Madri, que une escola de culinária, espaço para shows e academia em uma loja de departamento.

Kate concluiu a fala dizendo que nosso tempo é volátil, incerto, complexo e ambíguo. Por isso, mais do que nunca, precisamos construir um estado de resiliência.

Um olhar para 2023: impasse ou oportunidade para um novo caminho

ira

Em 2022, o mundo enfrentou desafios significativos que continuaram a perturbar o setor de varejo, principalmente no que diz respeito à inflação norte-americana, tema de diversas palestras. 

Nos últimos tempos, vimos inflação, guerra, pandemia, mudança climática, desafios da cadeia de suprimentos, mudanças nas políticas governamentais e até mesmo conversas crescentes sobre a desglobalização. Todos esses pontos, invariavelmente, impactam no varejo, seja ele online ou físico. 

Ira Kalish, Economista Global Chefe da Deloitte, relatou, durante a sua palestra, como essas questões podem ser entendidas mais profundamente ao passar sua visão sobre a evolução contínua e o que os varejistas podem esperar de 2023 em diante.

Um dos pontos a serem trabalhados e compreendidos é a crise de energia, que impulsionou a inflação, reduziu o crescimento dos gastos com energia e, também, trouxe impactos negativos em porcentagem do PIB e na economia como um todo.

O palestrante pontuou que os mercados de trabalho dos países pertencentes à OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico)  estão apertados, mas salários reais caem para quem trabalha na ponta. 

O tema que voltou à tona foi a recessão nos EUA, que Ira fez questão de afastar porque os empregos estão crescendo. Por um lado, ele sente-se motivado demais para o desafio. Mas não há como negar que o mercado está com menos mão de obra do que o normal, e os salários estão baixos, como dito anteriormente. 

Houve também uma mensagem pé no chão de que o mercado não tem muito o que fazer contra a inflação, porque os fatores externos (guerra da Ucrânia e COVID) foram muito fortes.

Alguns pontos listados por Ira agitam os mercados, mas a atenção é que suprime a atividade habitacional e, com isso, ameaça o investimento empresarial. Ele ainda citou a contração fiscal e o declínio da renda real, recessão europeia e desaceleração chinesa.

Na manhã do terceiro dia de eventos, a Chefe de Estratégia de Investimento da Charles Schwab Corp, Liz Ann Sonders trouxe a pauta de economia novamente para o evento, durante o seu painel. 

Sonders acredita que a inflação funciona de forma diferente para cada tipo de consumidor, dependendo de quais setores ele utiliza e se isso faz parte do que é mais afetado.

Ela observa que houve uma troca entre o tipo de gasto das pessoas. Antes, o público despendia mais dinheiro com produtos e, agora, focam mais em serviços. 

A palestrante também abordou a crise de logística que ocorreu após a pandemia de COVID, ela acredita que esse mundo talvez não volte mais, com produtos totalmente globalizados.

Liz Ann comentou a Guerra na Ucrânia e acredita que ela gerou algumas fragmentações, como em abastecimento de alimentos e energia. Será uma grande mudança na ordem geopolítica onde existem esses bolsões de conectividade.

A conclusão da conversa tratou sobre o mercado chinês. Liz Ann acredita que a China está tentando mudar sua economia, sendo mais movida por um consumo interno, sem depender tanto de exportação. É uma mudança complicada, mas possível.

Trazendo inovação para marcas multicentenárias 

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Como primeira Keynote do terceiro e último dia de NRF, tivemos uma palestra do Chairman e CEO da LVMH Inc, Anish Melwani, conduzida pelo jornalista Robert Frank, da CNBC. 

Eles conversaram sobre inflação, como deixar uma marca centenária relevante e se destacar no mercado de luxo.

Dentro do grupo LVMH, estão as marcas Möet et Chandon, Louis Vuitton, Fendi, Tiffany&Co e outras 71 grifes de luxo.

O entrevistador Robert Frank ressaltou que o Marketing da marca é inovador e está sempre antenado às últimas tendências. Anish mencionou a campanha feita com Cristiano Ronaldo e o Messi, que resultou em uma das fotos mais compartilhadas de todo o Instagram.

Anish ressaltou também que a marca já está olhando para o mercado de Web3 e NFT. É sobre reforçar a herança das marcas e torná-las desejáveis, não é uma estratégia que pode ser feita apenas por fazer. A Tiffany, por exemplo, possui um case no qual uma peça exclusiva de uma jóia repetia os pixels da sua NFT.  

O grupo liderado por Anish Melwani também está no mercado de Blockchain. A ideia deles se baseia em como utilizar as tecnologias de blockchain para melhorar a experiência de luxo do cliente.

O executivo também apresentou um case de um novo certificado das jóias, em que é possível rastrear de qual mina o diamante foi retirado e polido, garantindo que ele não foi adquirido ilegalmente. Isso vai de encontro à procura dos consumidores por marcas alinhadas de fato aos seus valores.

E os consumidores do mercado de luxo não procuram mais apenas por produtos, mas experiências. O grupo recentemente adquiriu a rede de hotéis Belmont e vem trazendo o melhor da experiência de hospedagem, além da restauração de lugares icônicos, como o Copacabana Palace, no Brasil.

Tendências para 2025: Estratégias para moldar seu negócio

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Como vai ser o mundo em 2025? Andrea Bell, VP de Consumer Insights da WGSN, contou para os participantes da NRF Retail 's Big Show o que esperar nos próximos dois anos através de uma lista de tendências.

1. A primeira tendência é a policrise. O mundo já está enfrentando isso, pois são diversas crises ocorrendo simultaneamente. Passamos por uma era de raiva generalizada em todos os setores.

Para resolver a tendência da policrise, Bell recomendou às empresas terem um time de previsão de caos e risco, para antever essas crises.

2. A segunda tendência é uma cultura digital descentralizada. As redes sociais não são mais só sociais, são de venda e entretenimento. Não existe mais um mainstream, cada um pode achar o seu nicho e fazer parte dele.

Vivemos numa era de scroll infinito e ansiedade de algoritmos, existe um medo de perder algo quando logado, mas também existe um medo de ficar logado demais.

Como solução dessa tendência, Bell sugeriu explorar conteúdos que fogem das telas, como podcasts e playlists de músicas, e também saber explorar as suas comunidades na Web3.

3. A terceira tendência é a natureza como uma parte efetiva do board das empresas. Não dá mais para não pensar em sustentabilidade e isso tem que ser parte vital da estratégia dos negócios.

4. A quarta tendência é a grande migração. Com a pandemia, as pessoas passaram a sair dos grandes centros e voltarem para suas cidades, mais próximas de seus familiares.

Também ocorre a migração por princípios, são pessoas que procuram lugares que são compatíveis com seus valores.

Negócios que querem surfar nessa tendência podem trabalhar com modelos de House as Living, um tipo de espaço que é hotel, coworking, restaurante, mas que abrigue essa população nômade. 

Por fim, Andrea disse que é hora de adotar a empatia como um mantra, investir cada vez mais em sustentabilidade e cargos que trabalham isso, focar em um varejo mais flexível e adotar um mindset déjà vu.

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The Visionary 2023: Marvin Ellison, CEO da Lowe, conversa com Matthew Shay, CEO da NRF

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Marvin Ellison, CEO da Lowe’s e Matthew Shay, CEO da NRF, deram o tom final sobre os papos de diversidade ao final da manhã do segundo dia de NRF. Devido ao feriado de Martin Luther King, as preocupações com as temáticas de diversidade foram bem latentes nas primeiras palestras do dia.

Ellison reforça que o trabalho é de equipe e não individual, por isso que vislumbra que todas as conquistas são para o time, e não individuais. Ele comentou isso pelo fato de ter sido vencedor do prêmio de visionário no varejo.

Para garantir que você vai chegar em determinado nível de sucesso é preciso pegar os trabalhos mais difíceis, e isso é que torna a motivação maior ainda. Desafios são aceitos para serem realizados e tirar lições disso, como equilibrar o trabalho e a base.

Em momentos pré-pandemia, algumas coisas mudaram completamente no consumidor, como as compras antecipadas, criação de distinção entre melhoria para os produtos e para a loja.

Como mensagem final, ficou clara a definição de que a capacidade de diversidade ajuda no destaque e na expansão da empresa. Pense, sempre, o que queremos, na verdade? Uma empresa transparente e que deixa muito claro o papel de um líder.

Poder, Perseverança e Paixão: uma conversa com a atleta e advogada Simone Biles

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O segundo dia de NRF Retails Big Show começou com uma conversa bastante motivacional da campeã olímpica Simone Biles.

Biles falou da importância do trabalho em equipe, saber seus objetivos e ser perseverante.  Desde o princípio, ela explica que tinha como objetivo a conquista. Por exemplo, se queria ir para olimpíadas, então estabelecia metas menores para chegar ao objetivo final. Primeiro um campeonato, depois uma classificação e por aí vai.

Falando agora sobre o mundo dos negócios, Simone disse que sempre foi persistente, desde criança colocou na cabeça que poderia e deveria conquistar suas metas. “Eu sempre fui uma pessoa muito curiosa, observava os mais velhos, se eu vejo alguém fazendo algo que eu quero, tento imitar, mentalizo. Vejo séries, leio e tento sempre aprender um pouco de tudo.” Comentou.

A atleta também falou sobre o seu lado empreendedora e a sua parceria com a marca de roupas Athleta. A sua ação com a marca foi motivada por valores em comum, fazer as mulheres se sentirem bem e serem elas mesmas. A coleção de roupas de Biles conta com algumas frases motivacionais escondidas nas roupas para as meninas sempre terem uma dose de motivação diária.

A marca quis saber o que, de fato, a Simone queria oferecer ao público, o que queria comunicar, então isso foi muito bacana. Não era só a roupa assinada. Era muito mais que isso.

Sobre trabalho em equipe, ela apontou que, muitas vezes, esquecemos de todo o ecossistema que está por trás da gente para podermos atingir o sucesso. Mas ressaltou que sempre que está no pódio, lembra de todo o time que esteve com ela para chegar ali, que teve muitos mentores em sua carreira e que isso foi extremamente importante.

Ela terminou a conversa dizendo que ainda não sabe se competirá nas olimpíadas de Paris em 2024, mas que, com certeza, estará lá, seja competindo ou na torcida pelas meninas do time norte-americano.

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Abaixo, uma lista das 5 principais ações da NRF 2023 na visão de Fabrizzio Topper, CEO da Driven.

REPENSAR

É chegada a hora de extrair mais do que há disponível… Estamos falando de uma sociedade global em um momento desafiador para dizer no mínimo e demandando atitudes mais efetivas para um aproveitamento maior dos seus recursos, não só naturais e indústrias, como profissionais e econômicos.

RE-USE (economia circular)

Cada vez mais marcas e negócios estão buscando retomar a venda a granel e com soluções de reabastecimento cada vez mais criativas e sofisticadas, oferecendo como opção o reabastecimento de vasilhames reutilizáveis com a intenção de reduzir não apenas o custo dos produtos, mas especialmente reduzir a produção de embalagens que mesmo recicláveis seguem poluindo e desgastando o meio ambiente na processo de reciclagem e especialmente da produção da embalagem de novos produtos.

RE-SALE (ciclo de vida estendido)

Nitidamente um dos maiores movimentos do varejo mundial, inclusive puxado pelas grandes grifes de moda, estabelecendo braços de captação e venda de produtos usados de baixo uso e/ou em ótimo estado. Pipocam no SoHo, novos modelos de negócios voltados para reformar, personalizar e revender produtos em seu segundo ciclo de vida, tudo no movimento de reduzir a produção desenfreada e valorizar processos artísticos e criativos de transformação e personalização do produto para agregar valor ao seu novo ciclo.

RE-PLAN (escassez de crédito)

Momento de desafio econômico no cenário mundial, com níveis inflacionários oscilando nas maiores economias. Big techs e startups cortando custos demitindo em massa. Maiores varejos mundiais e nacionais perdendo valor de bolsa, ainda mais com o mais recente episódio da Americanas. Todos fatos que reduzem a confiança do mercado financeiro no setor, o que fecha as janelas de IPOs e novas ofertas de ações e naturalmente reduz a concessão de crédito a valores atraentes para os projetos de expansão e até de sustentação dos varejistas, demandando um profundo replanejamento financeiro e mercadológico para a maior parte dos player (grande maioria dos grandes varejistas nacionais).

DESCOMPLICAR

Não se trata apenas de corrigir decisões e rotas, mas de objetivar o que precisa ser realizado para construir pontes e até mesmo desvios aonde sejam necessários para se atingir os objetivos e resultados desejados.

UN-FRICTION (jornadas fluidas)

Novamente, após a retomada da força do canal físico frente ao digital, equilibrando novamente as forças de ambas atuações, on e off line, retomasse igualmente o debate de redução de fricção nas interações entre os canais, simplificando processos, integrando sistemas e políticas ao mesmo tempo que explora a força de consumo fruto da ampliação da presença entorno dos clientes. Desta forma, decodificar as jornadas para deixá-las mais eficientes e fluidas, o que significa no nosso caso no Brasil, uma certa dose de ousadia também para enfrentar as barreiras fiscais e culturais para efetivamente contornar alguns dos desafios da omnicanalidade real. 

UN-BLOCK (canais agnósticos)

A medida que as jornadas de tornam híbridas em sua totalidade neste momento pós pandemia, aonde praticamente toda a sociedade abraçou o digital como efetiva alternativa de consumo para praticamente todas as categorias e segmentos, adotar um olhar agnóstico na disponibilidade de acessos fiscos e digitais, garantindo o máximo número de portas abertas, com políticas claras voltadas para o fortalecimento da relação com o consumidor, enfrentando os ruídos políticos de proteção aos interesses de um ou outro canal nos bastidores para priorizar o ativo de maior valor das marcas, os consumidores ao invés de postergar  movimentos de mercado para atender a camada de revenda que a cada dia remam ao contrário, investindo em “white labels”  e distribuição e até produção própria.

UN-LOCK (Inventários inteligentes)

Priorizando a eficiência máxima do negócio frente aos tempos desafiadores, está claramente a gestão do segundo maior ativo do negócio, logo após os clientes, o inventário. Explorando a otimização máxima dos estoques e da demanda disponível nos canais da marca, operar com o uso de toda a capacidade disponível do inventário físico e inclusive virtual, o momento atual pede que as marcas e redes operem explorando a totalidade das sua malha mercadológica, seja entregando o produto das prateleiras, seja despachando o produto das demais estruturas de armazenagem da marca e até mesmo tirando pedidos que sequer estão nos adquiridos ainda e que serão entregues por terceiros, tanto em modelos de Crossdocking e Dropshipping.

REVISAR

Na maioria das vezes, na jornada de empreendedorismo moderno, é a ousadia que gera boa parte das alavancas de crescimento, no entanto, em algumas encruzilhadas do desenvolvimento é apenas a capacidade de revisar trajetos e trajetórias que permitirão novos patamares de resultado.

DE-GLOBALIZATION (mitigação da dependência da China)

Com o ciclo de continuas rupturas e oscilação de custos logísticos durante a pandemia e especialmente após o epicentro de contágio e seus impactos na economia mundial, agravados pelas crises sociais e políticas ao redor de temas sensíveis como a guerra da Ucrânia, a China e sua posição geopolítica e econômica mundial atingem níveis de questionamento de igual proporção ao redor do mundo nas grandes economias que apostavam em sua capacidade e que agora buscam alternativas para transferirem suas apostas em termos de terceirização industrial, seja internalizando em suas próprias nações, seja diversificando mais as suas apostas em outras nações com condições de absorver a demanda as suas demandas fabris e de terceirização de produção.

DE-FRAGMENTATION (integração dos dados)

Estamos no momento da explosão da “economia dos dados”, o que significa uma certa obsessão pelos indicadores e uma necessidade latente de predição de futuro, por meio do acesso aos comportamentos históricos da relação com o consumidor. A questão é justamente que em linhas gerais os dados são apenas de histórico comercial e finaceiro, pouco há de dados disponíveis do atendimento ao cliente e até mesmos dados cadastrais dos clientes e quando existem, estão em sua maioria ilhados em bases de dados apartadas que não se comunicam entre si e tão pouco possuem amarração. É neste contexto que a palavra de ordem hoje é integração e qualificação dos dados ao mesmo tempo que estratifica indicadores mais capazes de calibrar a perfomance das jornadas e funis de venda.

DE-COMMISSION (ecossistemas mais eficientes economicamente)

Num momento de desafio econômico e com claras dificuldades a frente para obtenção de crédito, debruçar nas margens do negócio e dos canais é fundamental. Em tempos de amplo investimento em soluções tecnológicas, em sua maioria operando em modelos SAAS (Software As A Service) que operam com “take rates” percentuais e/ou por volume e hoje, frente ao crescimentos dos ecossistemas digitais, quando se somam todas estas taxas/comissões, criam por vezes grandes furos no planejamento financeiros das operações atuais. Então parte da provocação das palestras, tem sido sobre como buscar soluções e/ou fornecedores que sejam capazes de conjugar soluções e funcionalidades debaixo do mesmo guarda-chuva econômico (pacotes de soluções) ou de fato “compor” (composable commerce) a arquitetura do ecossistema a funcionalidade e valor específico de cada coisa sem necessitar contratar inúmeras peças que acabarão sem uso mas pesarão na composição das taxas de ataque à margem operacional.

APROFUNDAR

Chega de ficar na superfície. O momento pede mais envolvimento com a base de mercado, mais profundidade nas relações e interações. É urgente estabelecer vínculos mais efetivos com os stakeholders de forma a tangibilizar a percepção de valor imaterial da marca, seus canais e produtos.

GO-LOCAL (aproximação com comunidade)

Aqui se trata não apenas de investir em operações menores, mais leves e funcionais de bairro, mas especialmente de buscar está conectividade com a comunidade cercana de cada unidade operacional, seja na comunicação e identidade, seja na adequação de sortimento, preço e serviços que enderecem particularidades do contexto local, que vão desde entrega, customização e manutenção, até curadoria, ensino e apoio social. Em algumas palestras o debate se adensou a níveis de efetivo trabalho social e comunitário junto população local, alocando esforço em melhorar a qualidade de interação entre marca, colaborares, fregueses e população no entorno do projeto comercial. Vale salientar que não se trata apenas de um movimento físico, mas também digital a medida que crescem projetos e soluções de comunidade 4.0 em que agrupamentos menos estabelecem redes nichadas e até mesmo fechadas para opotunisarem debates mais qualificados, profundos e alinhados com os valores mais particulares dos  grupos.

GO-COMPLETE (um organismo único sem barreiras)

Este tema acaba dando costura a parte dos demais, quando busca dissipar o sentimento de separação que ainda permeia o tema de omnicanalidade, ainda tem se falado de pontes para ilhas que precisam se interconectar e, operar desta forma, apenas mitiga os obstáculos mais gritantes da jornada do consumidor que não enxerga, entende ou aceita estes organismos bipartidos e compartimentados. Então a medida que o pensamento de negócio migra para modelos de análise e predição de resultado objetivando cada vez mais  rentabilizar bases de clientes e não canais simplesmente, as empresas começam a percebe seus canais muito mais como um ecossistema único de negócios, percebendo e processualizando seis sistemas e fluxos de forma integrada e fluida a partir das necessidades de potencializar o consumo e não mais proteger ou alavancar apenas este ou aquele canal ou área do negócio de forma segregada.

GO-DEEP (decodificar os anseios dos consumidores)

Estamos soterrados em estímulos multi sensoriais, que de um lado criam o famoso “fear of missing out” ou na sua leitura mais atualizada de Andrea Bell (WGSN), o “fear of logging on & out, que visa dar luz a sobrecarga de conteúdo nas redes e na internet de forma geral. A busca atual das marcas e pessoas segue sendo por conectividade real e efetiva, porém ganhou contornos novos a medida que os usuários, cada dia mais, se tornam críticos havidos dos conteúdos e abordagens generalistas. Tudo isto empurra o mercado a se aprofundar cada dia mais nos dados comportamentos dos clientes de forma a ampliarem suas capacidades de personalizarem suas interações, buscando novos formatos de capturar feedback, mapear gatilhos emocionais e racionais e refinar cadastros com preferências e interesses de forma mais ampla e assertiva.

TRACIONAR

Tempos de adversidade pedem foco em otimização de todo a atuação de mercado. É necessário extrair mais do potencial existente o que pede qualificação em todo o composto mercadológico: preço, produto, praça e promoção que significa essencialmente estar no lugar certo, na hora certa e com a oferta certa em mãos.

BE-INTERESTING (muito além de produtos na prateleira)

Está mais do que evidente que os formatos de interação atuais na internet estão cada dia mais gamificação e audiovisuais, que para capturar e reter a atenção dos usuários o nível de esforço e conversa tem se sofisticado cada vez mais com o uso de novas ferramenta e abordagens que vão desde bots de linguagem natural, avatares virtuais, ambientes tridimensionais e até experiências ao vivo, enquanto que na contramão os e commerces parecem seguir em sua grande maioria, com jornadas estanques e bidimensionais apoiadas exclusivamente em apresentações funcionais dos produtos com fotos e textos de mera especificação técnica e comercial. Para muitos o momento é de inovar e aprimorar está entrega do portfólio explorando novos formatos, usando vídeos, fotos ambientadas é melhor contextualizadas, textos e vídeos com opinião e chancela de avalistas reais e/ou contratados, buscando jornadas mais estimulantes e empolgantes de apresentação e interação com as marcas e seus produtos. Então daqui em diante, as páginas de categoria e produtos devem ser muito mais enriquecidas se quisermos elevar não apenas a percepção de valor, mas inclusive o fluxo orgânico e a conversão de vendas.

BE-EFFICIENT (é hora de explorar as oportunidades)

Uma vez que o cenário mundial não parece dos mais favoráveis, o momento ao mesmo tempo que pede inventividade e alternativas, pede cautela e melhor aproveitamento dos investimentos já realizados até aqui. Uma vez que os ativos mais preciosos do varejo são a relação com seus clientes e a cobertura de seus canais e sortimentos, o foco deve estar em costurar de forma cada vez melhor estes três recursos chave, clientes, portfólio e canais de interação o que no caso de clientes estamos falando de CRM de fato, com inteligência relacional e transacional, sortimento por outro lado estamos falando de capacidade de ofertas customizadas apoiadas em análises preditivas ao mesmo tempo que com esta inteligência reorganizamos a profundidade e variedade, operando sobre o nível, posicionamento geográfico e até nos formatos de relação comercial com fornecedores e em termos dos canais, a questão é otimizar as taxas de conversão, mitigando fricção com foco em reduzir a quantidade de etapas e os espaços de ruptura da jornada, facilitando a aquisição dentro do próprio canal, seja ele o WhatsApp, as redes sociais da marca, o ecommerce ou até mesmo os canais de atendimento ao cliente ou as interações logísticas (entrega, retirada e recebimento).

BE-THERE (capacidade de resposta em tempo real)

Aqui finalmente um legado de toda a intensa tentativa de plantar uma adoção massiva do metaverso no marcado no último ano, ele pode não ter se transformado (ao menos aidna) na nova meca das soluções de martech e adtech, mas certamente aproximou muito o universo dos games dos conceitos de varejo. E talvez como a maior provocação em termos de inovação nos modelos vigentes, foi falado aqui e ali nesta edição (NRF 2023) sobre o conceito de “Live Operations” e de “Always On”, algo que se enraizou no universo dos games em meados de 2010 após a adoção da distribuição on-line dos jogos terem demandado estruturas com capacidade de resposta em tempo real as inúmeras células de jogos acontecendo em rede com interações locais e globais simultâneas. Estas células tem a responsabilidade de manter as “trilhas” funcionando em termos de engajamento, o que nos games significa colocar o próximo desafio adiante para manter os jogadores interessados em seguirem adiante… estes conceitos estão adentrando nos grandes varejos e grifes com a intenção de manter a base envolvida e engajada entrando na próxima trilha de consumo e relacionamento imediatamente ao finalizar a anterior.

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A Driven é um grupo consultivo totalmente hands on. Nosso foco é alavancar negócios que querem se diferenciar dentro da nova economia digital a partir de estratégias, tecnologia, dados, criação, operação e mindset capazes de criar uma experiência impactante para o consumidor e efetivamente gerar valor. Atuamos em +15 países e já atendemos +60 clientes entre as 500 maiores empresas do Brasil, com reconhecimento do mercado em +20 premiações. Contamos com um time experiente de especialistas e sócios mentores que garantem multidisciplinaridade para lidar com a complexidade do ambiente de negócios atual.

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