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Criado: 4/06/2021
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Atualizado: 14/07/2025
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tempo de leitura: 9 min. de leitura
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Autor: ClearSale
Como proteger seu e-commerce contra fraudes de identidade
Fraude de identidade compromete dados, receita e reputação. Entenda os riscos e conheça estratégias eficazes para prevenir ataques e garantir transações seguras no e-commerce.

O crescente volume de transações no e-commerce, impulsionado pela evolução digital, trouxe consigo um desafio significativo: a escalada das fraudes de identidade. Golpistas sofisticados criam identidades falsas, combinando dados reais e fictícios, e causam prejuízos consideráveis às empresas.
Diante desse cenário preocupante, investir em estratégias de proteção robusta é fundamental para manter informações e dados em segurança, reforçando a urgência das empresas se anteciparem aos riscos.
Pensando nisso, reunimos no texto abaixo os principais tipos de fraude de identidade e as melhores práticas para blindar seu e-commerce.
Relembrando: o que é fraude de identidade?
A fraude de identidade ocorre quando um criminoso se passa por outra pessoa para obter vantagens indevidas ou causar prejuízos. Em outras palavras, ele simula ser alguém que não é.
Para isso, o indivíduo utiliza identidades furtadas ou obtidas ilegalmente para aplicar golpes e cometer crimes. Geralmente, ele explora brechas no computador da vítima ou falhas no sistema de segurança de empresas para acessar informações pessoais, como CPF, RG, carteira de motorista, título de eleitor e dados bancários.
Muitas vezes, essa prática criminosa é sofisticada e discreta, dificultando a detecção. A vítima só percebe o golpe depois que os danos financeiros já foram causados, afetando também a reputação das empresas envolvidas.
Qual a importância da prevenção à fraude de identidade?
A prevenção à fraude de identidade vai muito além da proteção de dados. Ela é uma medida estratégica essencial para preservar a confiança do cliente, evitar prejuízos financeiros e garantir a sustentabilidade das operações no ambiente digital. Entenda os principais impactos desse tipo de crime e por que sua empresa deve agir preventivamente.
Protege os dados dos consumidores
A segurança dos dados pessoais é um dos pilares do e-commerce moderno. Quando ocorre uma violação, o consumidor pode ter suas informações expostas ou utilizadas de forma indevida, o que resulta em transtornos, como compras não reconhecidas, empréstimos em seu nome ou negativação indevida.
Preserva a integridade financeira do negócio
Fraudes de identidade podem causar perdas financeiras significativas para as empresas. Além de arcar com estornos e reembolsos, a loja virtual ainda pode enfrentar custos operacionais para investigar e mitigar os danos causados pelas transações fraudulentas.
Evita sanções legais e prejuízos reputacionais
O não cumprimento de normas de proteção de dados, como a LGPD, pode resultar em sanções administrativas e multas. Além disso, falhas recorrentes na segurança minam a reputação da empresa, afastam consumidores e comprometem a fidelização.
Fortalece a confiança dos clientes
Lojas que demonstram compromisso com a segurança digital constroem um relacionamento mais sólido com os consumidores. A confiança é um fator decisivo para a conversão e a recompra, especialmente em segmentos altamente competitivos.
Qual a diferença entre fraude de identidade e roubo de identidade?
A fraude de identidade e o roubo de identidade são frequentemente confundidos, mas envolvem processos diferentes. A primeira ocorre quando o criminoso utiliza dados pessoais, seja através da aquisição ilegal de dados verdadeiros ou criação de uma identidade falsa, para obter vantagens, como realizar compras ou contrair empréstimos em nome de outra pessoa.
Já o roubo de identidade, como o próprio nome sugere, refere-se especificamente ao ato de tomar dados pessoais de outra pessoa sem seu consentimento, com o objetivo de usá-los para fins ilegais. Isso pode ocorrer por meio de hacking, phishing ou compras ilícitas de dados.
O roubo de identidade é, portanto, uma etapa do processo de fraude de identidade, que por sua vez caracteriza-se pelo uso indevido dessas informações para cometer delitos financeiros.
Como acontece a fraude de identidade?
A fraude de identidade ocorre quando criminosos obtêm e utilizam indevidamente informações pessoais — como CPF, RG, carteira de motorista, dados bancários e credenciais digitais — para aplicar golpes, contratar serviços ou realizar transações em nome de terceiros.
Os métodos usados para capturar esses dados variam e vêm se tornando mais sofisticados com o avanço da tecnologia. Um dos caminhos mais comuns é a compra ilícita de grandes bases de dados, comercializadas por fornecedores ilegais na internet. Essas listas reúnem informações de milhões de pessoas físicas e jurídicas, facilitando a ação dos fraudadores.
Outra tática frequente é o envio de e-mails ou mensagens com links maliciosos, que direcionam o usuário a páginas falsas e permitem o roubo silencioso de dados. Além disso, é comum que os criminosos se passem por representantes de empresas confiáveis para induzir os usuários a fornecer voluntariamente suas informações.
Os principais alvos de fraude de identidade
No mais recente relatório do Serasa Experian, publicado em 2024 com dados do ano anterior, identificou-se que os setores mais afetados pelas fraudes de identidade no Brasil são os de Bancos e Cartões, responsáveis por 48,1% dos casos totais. Em seguida, aparecem os segmentos de Serviços (30,6%), Financeiras (16,3%), Varejo (3,6%) e Telefonia (1,4%).
A mesma pesquisa identificou alguns fatos preocupantes relacionados ao golpe de identidade:
- O ano de 2023 registrou quase 10 milhões de tentativas de fraude de identidade;
- Pessoas de 36 a 50 anos foram os principais alvos dos criminosos (35,8%);
- Os estados das regiões Sul e Sudeste foram os mais visados, com exceção do Espírito Santo, apenas o 14º na lista nacional;
- São Paulo foi o estado com maior número de tentativas de fraude de identidade, com 2,8 milhões, três vezes mais que as 931,5 mil do Rio de Janeiro, o segundo colocado.
Quais são os tipos de fraude de identidade?
As fraudes se multiplicam diariamente. Criminosos exploram falhas e brechas nos sistemas para agir, tornando essencial conhecer as principais modalidades de golpes e se antecipar às ameaças. Confira a seguir alguns dos tipos mais comuns de fraude e roubo de identidade.
Fraude sintética
A fraude sintética vai além do simples furto ou apropriação de dados. Nela, os criminosos criam uma identidade fictícia combinando informações reais e falsas. Trata-se da construção de um "personagem" inexistente.
Embora seja uma forma mais sofisticada, essa prática também se relaciona à clonagem de identidade, pois envolve o uso de dados reais para criar um perfil fraudulento. Isso pode ocorrer de diferentes formas:
- Geração de um nome e CPF totalmente novos;
- Uso do nome de um falecido ou de alguém sem CPF ativo;
- Criação de um nome fictício vinculado a um CPF legítimo.
Nem todos os dados precisam ser reais para que o criminoso consiga abrir contas, contratar serviços e fazer compras sem ser identificado. Como a identidade criada não pertence a uma vítima específica, a descoberta do golpe pode levar tempo, dificultando a rastreabilidade pelas empresas. Muitas só percebem a fraude ao detectarem transações suspeitas.
Roubo de dados
O roubo de dados ocorre por meio da criação de páginas falsas. Assim, o golpista induz o usuário a acessar esses sites, o que acaba infectando o dispositivo com mecanismos maliciosos. Esses malwares têm a capacidade de captar dados, como documentos pessoais, senhas, cartão de crédito, entre outros.
A partir das informações obtidas, é possível comprar produtos e fazer empréstimos em nome da vítima, sem que ela tome conhecimento do crime.
Boletos falsificados
A falsificação de boletos é uma artimanha comum entre os golpistas. Eles geram documentos contendo uma ordem de pagamento com descrição simulada e um código de barras falso, como se fosse um boleto original, enviando-os para o e-mail do usuário ou por serviço postal, por exemplo. A vítima então faz o pagamento e sofre o prejuízo, pois dificilmente conseguirá reaver o valor que foi pago.
Autofraude ou fraude amigável
Esses golpes ocorrem em compras com cartão de crédito, utilizando dados legítimos dos usuários. Na autofraude, o próprio titular do cartão realiza a compra. Já na fraude amigável, a transação é feita por alguém próximo à vítima.
Nesta modalidade, o agente realiza a compra com a intenção de solicitar o estorno na fatura de crédito, posteriormente. Ele alega que o produto não foi entregue ou que não realizou o pedido, causando prejuízo ao comerciante, que perde o valor e a mercadoria.
Para evitar esse tipo de fraude, muitas operadoras de cartão agora exigem que o cliente entre em contato com a empresa vendedora antes de solicitar o cancelamento.
Financiamento com documentos falsificados
Esse tipo de fraude envolve a criação de documentos falsos ou o uso indevido da documentação de terceiros, permitindo que o criminoso se passe por outra pessoa. Com esses dados, ele pode obter financiamentos, contratar serviços e até abrir empresas fantasmas.
Muitas vítimas da fraude documental só descobrem o golpe quando são contatadas pelo banco ou percebem que seu nome foi negativado nos órgãos de proteção ao crédito.
Como identificar o risco de fraude em seu negócio?
A identificação de uma fraude começa com a análise cuidadosa dos pontos vulneráveis da empresa. Primeiramente, é importante avaliar os processos de coleta, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais dos clientes.
Por sua vez, sistemas de pagamento e plataformas de e-commerce devem ser revisados regularmente para garantir que estão protegidos contra acessos não autorizados.
Já as ferramentas de monitoramento de comportamento de compra e análise de transações podem ajudar a detectar atividades suspeitas, permitindo uma resposta mais rápida a possíveis fraudes.
Outra forma de identificar riscos é observar o histórico de pedidos, onde inconsistências, como divergências entre endereços de envio e cobrança, podem indicar ações fraudulentas em andamento.
Como proteger sua loja virtual das fraudes de identidade?
Identificar sinais de fraude de identidade e adotar medidas preventivas é essencial para mitigar riscos. Confira algumas práticas eficazes para evitar esse problema.
Invista em um sistema antifraude
Proteger os sistemas da empresa é fundamental para reduzir os riscos de golpe. Para isso, identifique os pontos vulneráveis do negócio e implemente medidas de segurança. Um sistema antifraude automatizado, aliado a soluções especializadas, ajuda a minimizar ameaças.
Use ferramentas tecnológicas avançadas
O uso de tecnologias como inteligência artificial, business intelligence, machine learning, analytics e big data fortalece a detecção de fraudes. No mercado, há diversas soluções que integram esses recursos para garantir maior proteção.
Preserve bons clientes
Manter uma base de clientes confiável reduz as chances de fraude. Se identificar comportamentos suspeitos, monitore o histórico de compras e transações para minimizar riscos e evitar prejuízos.
Monitore indicadores antifraude
Acompanhar métricas como taxa de aprovação, tempo de resposta e chargeback permite avaliar a efetividade das medidas de segurança. Valores abaixo da média indicam a necessidade de ajustes nos processos de proteção.
- Taxa de aprovação: percentual de compras aprovadas em relação às tentativas realizadas.
- Tempo de resposta: período necessário para atender e resolver solicitações dos clientes.
- Chargeback: reembolso ao consumidor devido a transações contestadas.
Utilize ferramentas de validação
Sites especializados ajudam a verificar a autenticidade de documentos de natureza pública, cruzando elementos gráficos e numerações padronizadas. O uso dessas ferramentas dificulta fraudes relacionadas à falsificação de identidade.
Priorize a autenticação digital
A autenticação digital garante a integridade de documentos eletrônicos, como certidões digitais com código de verificação e contratos assinados online. O Certificado Digital, por exemplo, funciona como uma identidade virtual para pessoas físicas e jurídicas, assegurando a autenticidade das transações.
Use mecanismos de criptografia
A criptografia é uma solução de segurança que envolve a codificação e decodificação de dados, tornando-os inteligíveis e incompreensíveis para quem não tem o acesso autorizado. Assim, somente quem recebe a informação poderá “decifrá-la” e acessar o conteúdo.
Esse mecanismo garante o armazenamento dos dados de maneira segura, mantendo a confidencialidade, integridade e identidade desses elementos.
Utilize ferramentas com Blockchain
O Blockchain é uma tecnologia que gerencia um grande volume de dados, permitindo o rastreamento, envio e recebimento de informações online, favorecendo a descentralização da informação e assegurando a autenticidade e privacidade dos dados.
Com isso, fica muito mais difícil fraudar identidades por meio da assinatura digital, pois cada indivíduo fica responsável pela movimentação que realizar, e sem que ela possa ser modificada posteriormente.
Observe as características dos documentos
A análise de documentos físicos ajuda a identificar fraudes. Preste atenção em aspectos como:
- tipo de papel e plástico usados na confecção;
- assinatura;
- qualidade da fotografia;
- tamanho e posicionamento das informações, símbolos e brasões;
- presença de marcas d’água, hologramas, impressões em relevo e adesivos metalizados;
- informações como idade, órgão de expedição e numeração.
Uma técnica comum é uso da luz negra para identificar a existência de alguma fraude, principalmente em RGs e passaportes. Os documentos falsificados apresentam variações e diferenças, muitas vezes imperceptíveis, em relação aos originais.
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